A agressão a Crivellaro aconteceu durante um jogo válido pela Divisão de Acesso entre o Guarani de Venâncio Aires e o São Paulo de Rio Grande, em 4 de outubro de 2021. William, que era meia-atacante da equipe de Rio Grande, foi advertido com cartão amarelo por Crivellaro e reagiu derrubando o juiz da partida com um soco seguido de um pontapé na região da nuca. A vítima chegou a desmaiar no gramado antes de ser atendida. O episódio foi filmado e logo ganhou repercussão nacional.
Diante da gravidade da agressão, o jogador chegou a ser preso durante a partida e dormiu uma noite na cadeia. Ele foi solto e responde ao processo em liberdade.
Conforme a denúncia do Ministério Público (MP), Crivellaro ficou incapacitado para o trabalho por mais de 30 dias. Durante esse período, o árbitro precisou usar um colar cervical. Ele constituiu advogado, que atua como assistente de acusação no processo.
Defesa
William Ribeiro foi denunciado pelo Ministério Público em novembro do ano passado. O juiz João Francisco Borges decidiu mandar o réu a júri popular em março deste ano. A seguir, a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJ-RS) negou recurso da defesa do jogador, que pediu a mudança de tentativa de homicídio para lesão corporal e a retirada da qualificadora de motivo fútil. O Tribunal reinseriu, a pedido da acusação, a qualificadora de motivo fútil.
A pena para homicídio qualificado prevista no Código Penal é de 12 a 30 anos de reclusão. Quando o crime é tentado, poderá haver diminuição de um a dois terços.